A quantidade de fatalidades decorrentes das intensas precipitações no Rio Grande do Sul aumentou para 39, conforme informou o governador Eduardo Leite em uma coletiva de imprensa. Adicionalmente, há 69 indivíduos desaparecidos.
As chuvas afetaram aproximadamente 235 municípios do estado, deixando 7.949 pessoas em abrigos temporários e outras 23.598 desalojadas, totalizando mais de 351 mil cidadãos diretamente impactados pelos eventos climáticos.
O governador destacou que esse incidente é considerado o “maior desastre natural” já registrado na área, superando inclusive a tragédia do Vale do Taquari no ano anterior, que resultou na morte de mais de 50 pessoas.
Desde a segunda-feira (29), o estado tem enfrentado severos temporais, caracterizando uma sequência de eventos climáticos extremos. Em uma medida preventiva, a prefeitura de Porto Alegre determinou a evacuação do centro da cidade após o rompimento de uma das comportas do Cais Mauá.
O Departamento Municipal de Água e Esgotos alertou para possíveis alagamentos se estendendo até a avenida Farrapos. Em consenso, a prefeitura, o sindicato local de lojistas e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre decidiram pelo fechamento do comércio no Centro Histórico e no 4º Distrito, suspendendo a circulação de pessoas nas áreas mais afetadas pela enchente do Guaíba.
Ações do governo federal:
O Ministério da Saúde anunciou o envio de 60 profissionais de saúde do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e do Grupo Hospitalar Conceição para auxiliar os afetados pelos temporais. Equipes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) também foram mobilizadas para reforçar os serviços de saúde na região.
A pasta detalhou que foram enviados 20 kits de emergência ao estado, contendo 32 tipos de medicamentos e 16 tipos de insumos médicos, capazes de atender até 30 mil pessoas por um período de 30 dias.
Além disso, será estabelecido um Centro de Operações de Emergência (COE) para lidar com eventos naturais extremos, permitindo a análise de dados para a tomada de decisões estratégicas no enfrentamento de emergências em saúde pública. Uma equipe da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde já está no estado para auxiliar nas estratégias de mitigação dos danos e no processo de recuperação das áreas afetadas.
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